Governo avança com associação que será "alavanca" para centro internacional do Atlântico
2018-02-15 08:46:32 | Lusa

O Governo deverá aprovar hoje a criação de uma associação de direito privado para servir de "alavanca" para o Centro Internacional de Investigação do Atlântico - AIR Center, com uma equipa científica própria a coordenar projetos de âmbito transnacional.

A aprovação das condições de instalação do AIR Center constam na ordem de trabalhos da reunião de hoje do Conselho de Ministros, dedicada ao conhecimento e à inovação, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior.

O ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior, Manuel Heitor, adiantou à agência Lusa que se trata de autorizar a criação de uma associação de direito privado que servirá de "alavanca" para o AIR Center, para coordenar a fase de arranque do centro, funcionando com uma equipa científica própria a gerir os projetos que vão sendo desenvolvidos em rede.

O AIR Center, que terá a sua sede nos Açores ainda este ano e diversos pólos no estrangeiro, de acordo com o ministro, pretende reunir a investigação sobre o Atlântico, em áreas como espaço, oceanos, alterações climáticas e processamento de dados, ao agregar uma rede de instituições científicas de vários países.

Além de Portugal, que lidera o processo, fazem parte da comissão instaladora do AIR Center países como Espanha, Reino Unido, Nigéria, África do Sul, Cabo Verde, Angola, Brasil, Argentina e Uruguai, todos cofundadores.

Instituições científicas como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts e as universidades Carnegie Mellon e do Texas, nos Estados Unidos e com as quais Portugal já tem parcerias, também aderiram à iniciativa.

Com estas instituições norte-americanas e em cooperação com empresas, nomeadamente nacionais, Portugal desenvolverá projetos nas áreas de inteligência artificial, clima, oceanos, processamento de dados, infraestruturas e indústria espaciais e robótica.

Para estas atividades será cabimentado um financiamento público a cinco anos no valor total de 64 milhões de euros, proveniente do orçamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), principal entidade, na dependência do Governo, que subsidia a investigação em Portugal.

A partir deste "financiamento-base" público, as empresas do setor da investigação e inovação terão de duplicar o seu investimento, disse o ministro.

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