Uma dezena de artistas no Walk&Talk Azores na ilha Terceira
2016-09-22 08:10:00 | Lusa

Cerca de uma dezena de artistas participa, entre sexta-feira e 30 de setembro, no evento que o festival de artes Walk&Talk Azores vai realizar na ilha Terceira, disse à agência Lusa o diretor do evento.

“Essa vontade de chegar à ilha Terceira (segunda maior ilha dos Açores em população) já existe há algum tempo, mas só agora a podemos concretizar”, acrescentou Jesse James, que esteve na génese do festival, realizado anualmente na ilha de São Miguel.

O promotor referiu que era necessário salvaguardar uma logística, agora assegurada, no âmbito de uma parceria com a Câmara de Angra do Heroísmo, o museu da cidade, a Associação Burra de Milho e a Oficina de Angra, entre outras entidades.

jesse James, da Associação Anda&Fala, organizadora do certame, declarou que “interessa muito” aos mentores do festival ter uma dimensão regional, chegando a outras ilhas, desta vez com a iniciativa em Angra do Heroísmo e, mais tarde, através de residências artísticas ou projetos específicos noutros locais da região.

“Vamos ter sempre um ponto de partida, que será o festival no mês de julho em São Miguel, o que originou o Walk&Talk, mas, à medida que o festival vai tendo uma programação ao longo do ano, queremos estendê-la, já em 2017, desde o início do ano”, explicou Jesse James.

O artista pretende que o projeto “tenha uma dimensão constante e séria” no contexto regional, mas “é fundamental uma relação com o exterior", que afirmou ter sido conseguida nos últimos seis anos, através de parcerias com outras associações.

Segundo a organização do evento, o programa terá como foco uma reflexão em torno do património local, compreendendo a participação de uma dezena de artistas, criadores e peritos, intervenções inéditas na cidade, atividades em cinco espaços, exposições, performances, cinema, ‘workshops’ e conversas. 

Vão participar os criadores Agostino Lacurci, Carolina Bettencourt, Fernando Roussado, Gustavo Ciríaco, João Miguel Ramos, Miguel Curiel, Nuno Nunes, Pantónio e Stanislava Pinchuk (M.I.S.O.), a par dos projetos e coletivos Arquiteturas Film Festival e Oficina do Cego.

A edição de 2016 do festival arrancou na ilha de São Miguel, onde reuniu de 15 a 31 de julho cerca de 80 artistas, designers, arquitetos, artesãos, criadores e peritos de várias áreas de expressão artística, que promoveram 14 novas intervenções no circuito de arte pública, dinamizaram oito residências artísticas temáticas, projetos especiais e atividades dedicadas ao conhecimento e ao envolvimento do público.


Notícias Relacionadas Horizonte