Navio oceanográfico D. Carlos I desenvolve missão científica nos Açores
2017-06-26 09:07:31 | Lusa

O comandante da Zona Marítima dos Açores (ZMA) disse que o navio hidrográfico D.Carlos I, que vai estar em missão científica no arquipélago até setembro, irá realizar “atividades fundamentais" para o mapeamento e atualização do mar.

“O navio vai desenvolver um conjunto de atividades fundamentais para o mapeamento e atualização do mar, designadamente levantamentos oceanográficos e hidrográficos em alto mar e topo-hidrográficos junto à costa”, declarou o comodoro Valentim Rodrigues.

O responsável, que falava aos jornalistas a bordo do navio D.Carlos I, no porto de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, especificou que os levantamentos topo-hidrográficos decorrerão em Ponta Delgada, Vila Franca do Campo e Praia da Vitória.

O D. Carlos I, de origem norte-americana, e ao serviço do país desde 1997, é um navio especialmente construído e equipado para a execução de trabalhos hidrográficos ou oceanográficos, possuindo “diversas capacidades científicas e técnicas” para realizar atividades de investigação e desenvolvimento.

O navio dispõe de áreas laboratoriais para pesquisar parâmetros biológicos, físicos e químicos, entre outras capacidades, executando missões científicas de apoio às operações militares e à comunidade científica, em águas nacionais e internacionais.

Valentim Rodrigues referiu que para além da sua missão, o D.Carlos I vai ainda realizar, eventualmente, algum trabalho, nos ilhéus das Formigas, de atualização batimétrica e desenvolver um projeto entre a Ferraria e os Mosteiros, em São Miguel, numa parceria com a Universidade dos Açores, na área da biodiversidade.

O também chefe de Departamento Marítimo dos Açores declarou que após a recolha dos dados científicos estes serão tratados e disponibilizados pela Marinha e Instituto Hidrográfico, fornecidos às entidades nacionais que os cedem em função de acordos existentes.

O ainda comandante regional da Polícia Marítima afirmou que o navio vem, também, “reforçar o dispositivo” existente na região em termos de busca e salvamento, o transporte e apoio logístico, para além do apoiar a Autoridade Marítima Nacional e ser um “elemento contributivo” para a Proteção Civil em caso de necessidade.

O comandante do navio declarou, por seu turno, ser "importante a atualização de dados" nos Açores para se “verificar a evolução da batimetria das diversas zonas onde se irão desenvolver os levantamentos hidrográficos”.

António Silva adiantou que a missão irá permitir atualizar as cartas náuticas oficiais, documentos considerados “essenciais para a segurança" da navegação, comunidade piscatória e de recreio.

O capitão de fragata disse que a informação será recolhida com base num sistema sondador multifeixe de grandes fundos, tendo referido que estão a bordo do D. Carlos I sete militares do Instituto Hidrográfico, a par dos 34 militares que constituem a tripulação.

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