Parlamento dos Açores aprova recomendações ao Governo da República sobre a TAP e lesados do BANIF
2017-07-14 10:22:00 | Lusa

O parlamento dos Açores aprovou duas recomendações propostas pelo CDS-PP, dirigidas ao Governo da República, sobre os serviços da TAP no arquipélago e sobre os lesados do BANIF na região.

A primeira proposta, aprovada por unanimidade, defende que o executivo açoriano "promova todas as diligências necessárias" junto do Governo da República, acionista maioritário da TAP, no sentido de "impedir o encerramento da loja comercial da empresa" em Ponta Delgada.

Artur Lima, líder parlamentar do CDS, recordou que a TAP já encerrou os balcões da Horta e de Angra do Heroísmo e lamenta que "passados apenas dois meses de abrir a nova Delegação da empresa nos Açores [em Ponta Delgada], pondere também encerrá-la, terminando definitivamente com a sua presença institucional na Região".

O deputado centrista lembrou que, na sequência da reversão do processo de privatização da companhia aérea, "o Estado Português é agora dono de 50% da TAP Portugal" e lançou o apelo aos partidos de esquerda, que apoiam o Governo de António Costa (PS, BE e PCP), para que intervenham sobre esta matéria, junto dos seus partidos, em Lisboa.

A outra recomendação do CDS-PP, aprovada por maioria (com a abstenção da bancada do PS), defende que seja encontrada para os lesados do BANIF (Banco Internacional do Funchal) uma solução semelhante à que foi encontrada para os lesados do BES (Banco Espírito Santo).

"Perante a falta de respostas e soluções concretas, quer das entidades públicas, quer dos responsáveis bancários, os lesados do BANIF estão, há mais de um ano, à espera que lhes seja apresentada uma solução para os milhares de euros que perderam", lamentou Graça Silveira, deputada centrista, que exige que a solução para estes casos seja encontrada no prazo de um ano.

Sérgio Ávila, vice-presidente do Governo, explicou que a Região tem acompanhado as diligências que estão em curso com vista a encontrar uma solução para os lesados do BANIF, mas lembrou que ela não passa, exatamente, por uma solução idêntica à do BES, embora apresente "características semelhantes".

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