Beneficiários das tarifas sociais de eletricidade aumentaram 528% nos Açores
2016-05-20 09:48:36 | Lusa

O número de famílias açorianas que usufruem das tarifas sociais de eletricidade aumentou 528% desde o final de 2012 e até ao fim do mês de abril, anunciou o secretário regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga.

Citado numa nota de imprensa do executivo açoriano, Vítor Fraga afirmou que o número de beneficiários passou “de 486 famílias no final do ano de 2012 para 3.053 famílias a 30 de abril deste ano, o que representa um incremento de 528% no número de aderentes”.

O governante participou  numa ação de promoção de tarifas sociais nas Lajes do Pico, iniciativa organizada em conjunto com a câmara e com a Empresa de Eletricidade dos Açores (EDA) e integrada na visita estatutária que o Governo Regional está a efetuar à ilha do Pico.

O titular da pasta da Energia adiantou que “o Governo dos Açores, em conjunto com as câmaras municipais, juntas de freguesia e instituições de solidariedade social (IPSS), tem vindo a desenvolver um conjunto de ações com vista a promover a adesão às tarifas sociais de energia, bem como ao apoio extraordinário aos consumidores de energia”.

Na mesma nota, Vítor Fraga sustentou que este trabalho “acabou por refletir-se num incremento significativo do número de famílias que hoje usufruem destas tarifas sociais”.

O secretário regional anunciou ainda que a partir de julho haverá uma alteração no sistema de tarifas sociais, “passando estas a ser uma tarifa única que, para aqueles agregados familiares que têm uma potência contratada de 6,9 kVA [quilovolts-ampere], irá traduzir-se numa redução na fatura de cerca de 30% do valor que pagam atualmente”.

Para os que já usufruem das tarifas sociais, acrescentou, estas alterações vão traduzir-se num “benefício de uma redução adicional de cerca de 7%, em relação aos valores que pagam atualmente”.

De acordo com o executivo açoriano, podem recorrer às tarifas sociais todos os que beneficiam do complemento solidário para idosos, do rendimento social de inserção, do subsídio social de desemprego, do abono de família, da pensão social de invalidez, bem como da pensão social de velhice, além de todos os agregados familiares cujo rendimento total anual seja inferior a 5.808 euros, acrescido de 50% por cada elemento do agregado familiar, até a um máximo de 10.

Questionado pela agência Lusa se este aumento tem justificação num eventual crescimento das famílias com dificuldades económicas, Vítor Fraga declarou que o aumento se deve “essencialmente, à forte aposta na sensibilização dos agregados que podem beneficiar desta medida social”.

“Nesta legislatura fomentámos estas ações através, sobretudo, de parcerias com as IPSS, mas também com a deslocação de balcões móveis da EDA para junto de comunidades onde pode haver maior número de aderentes”, acrescentou o governante.

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