Empresa Portos dos Açores avalia infraestruturas afetadas
2018-12-07 14:21:05 | Lusa
A empresa Portos dos Açores anunciou hoje que fará uma avaliação do estado dos mantos de proteção dos portos das Lajes das Flores e das Lajes do Pico, na sequência das tempestades que afetaram a região.
“Os levantamentos topo-hidrográficos com sondas triaxial e de varrimento lateral nas Flores e no Pico serão promovidos por empresa especializada neste tipo de trabalhos, logo que se concluam os respetivos procedimentos contratuais e as condições de mar o permitam, pretendendo-se, em concreto, garantir a avaliação do estado dos mantos de proteção nas áreas submersas dos dois portos referidos”, lê-se em comunicado de imprensa.
A empresa, que gere as infraestruturas portuárias dos Açores, adiantou que já concluiu um “primeiro levantamento técnico dos estragos” provocados pelas tempestades ‘Carlos’ e ‘Diana’, no final de novembro, com principal impacto nos portos das Lajes das Flores e das Lajes do Pico.
Ainda assim, considerou serem necessárias “sondagens com varrimento lateral, para melhor aferição das obras de reabilitação a desenvolver oportunamente”.
“Só a partir do conhecimento que sairá de tais trabalhos se poderão programar eventuais intervenções adequadas com vista à reabilitação das duas infraestruturas”, frisou.
No caso do porto das Lajes do Pico será ainda realizada uma “inspeção subaquática, quer da entrada, quer do canal de acesso”, com o objetivo de assegurar uma “melhor verificação das condições locais”.
Os estragos foram provocados por “ondas de altura significativa na ordem dos 12 metros e com períodos de vaga à volta dos 20 segundos”, registadas aquando da passagem pelos Açores da tempestade ‘Carlos’, nos dias 15 e 16 de novembro, e da tempestade ‘Diana’, no dia 27 de novembro.
Segundo a Portos dos Açores, não existem, no entanto, atualmente, “condicionamentos à utilização” por parte dos navios e embarcações dos portos das Lajes das Flores e das Lajes do Pico, nem do núcleo náutico das Lajes das Flores.
As tempestades provocaram ainda “alguns estragos na obra de requalificação que decorre no Porto das Poças, em Santa Cruz das Flores”, mas a empresa assegurou que “não colocaram em causa a regular operacionalidade daquela infraestrutura, quer ao nível do tráfego regular de passageiros com a ilha do Corvo, quer mesmo a atividade normal das frotas de pesca e das empresas marítimo-turísticas”