PSD Açores aponta "silêncio comprometedor" do Governo sobre criação do AIR Center
2019-08-22 09:32:27 | Lusa

O deputado do PSD/Açores na Assembleia da República António Ventura acusou o governo da República de manter um “silêncio comprometedor, que já dura há quase três anos” em relação à criação do AIR Center.

Citado em nota de imprensa do partido, o parlamentar afirmou que o executivo socialista “continua sem dar respostas concretas sobre os benefícios para a Terceira e para a região da criação do AIR Center” (Atlantic International Research Center) e acusa o Governo de manter “um silêncio comprometedor” numa matéria sobre a qual o grupo parlamentar social-democrata aguarda resposta há três anos.

Em dezembro desse ano, “os deputados do PSD na Assembleia da República questionaram, por escrito, o ministro da Ciência e o ministro dos Negócios Estrangeiros sobre o AIR Center, para saber que ilhas dos Açores iam ser envolvidas no projeto, tendo em conta as infraestruturas existentes e a construir”, bem como “quantos postos de trabalho se previam criar e qual o contributo estimado para o PIB regional”, lembrou António Ventura.

Segundo o parlamentar, “o ministro dos Negócios Estrangeiros remeteu as respostas para o ministro da Ciência e este manteve-se calado até ao momento”.

Em causa está a criação de um centro de investigação internacional direcionado para as áreas do espaço, oceano, atmosfera e clima, energia e dados, sedeado nos Açores, uma hipótese que foi levantada no âmbito do acordo de reforço da cooperação científica e tecnológica entre Portugal e os Estados Unidos da América, em 2016, e que foi formalizada em 2017.

O social-democrata frisou que “o AIR Center foi anunciado para fazer face à quebra na economia da Terceira e dos Açores” causada pela diminuição da presença das forças norte-americanas na Base das Lajes, apontando para “uma quebra estimada em 100 milhões de euros por ano”.

Lamentou ainda que outras regiões estejam a beneficiar do programa e considera que o Governo de António Costa deve, “antes do fim da legislatura, responder às questões colocadas, mesmo se já incorreu num grave desrespeito à Assembleia da República, pela falta de comunicação”.

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