O PCP/Açores decidiu adiar a realização do seu XI Congresso, inicialmente marcado para o início de abril, para o primeiro semestre de 2021 e defendeu medidas para reforçar a saúde e a agricultura da região.

A Direção Regional do PCP/Açores (DORAA) “decidiu adiar a realização do seu XI Congresso para o primeiro semestre de 2021, mantendo em funcionamento todos os seus organismos executivos”, informou o partido, em comunicado.

A estrutura, que se reuniu no sábado, em Ponta Delgada, alertou para os “novos e reais perigos de um profundo agravamento das desigualdades sociais e da pobreza”, causados pela pandemia de covid-19, e considera que “as opções do Governo PS não dão a resposta necessária”.

Assim, o partido avança com propostas para a região, começando pelo setor agrícola, onde defendem a aposta na diversidade, “reforçando os apoios aos produtores de hortícolas e frutícolas”, e voltam a lutar pela criação de “condições necessárias para que os produtores de carne e leite recebam o justo valor pelo que produzem”.

Os comunistas querem “assegurar o escoamento da produção agrícola, reforçando o apoio ao consumo dos produtos regionais” e “criar mecanismos de proteção do rendimento dos agricultores”, através da valorização dos produtos e da sustentabilidade do setor.

Na saúde, é pedida a retoma, até ao final do ano, de “todos os atos clínicos que ficaram em suspenso ou foram adiados” durante a pandemia”, bem como o alargamento do “número de camas de cuidados continuados e paliativos”.

Deve ser garantida uma reserva de equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde e o Serviço Regional de Saúde deve “reforçar os meios humanos, técnicos e profissionais na área de saúde pública”, considera o partido.

Também o turismo merece uma reflexão da estrutura regional, que vê este setor como “um importante complemento das atividades económicas produtivas”, mas acredita que “privilegiar o turismo em detrimento de outras indústrias significa hipotecar seriamente o futuro económico da região”.

“O PCP/Açores considera de importância vital que o modelo de turismo para a região seja objeto de uma profunda reflexão, e que se proceda aos adequados ajustamentos. Por exemplo, algumas das medidas agora apresentadas pelo Governo Regional precisam de ser acompanhadas pelo reforço e pela capacidade de resposta das ligações aéreas e marítimas existentes”, concretiza o comunicado.