SINTAP/Açores emite pré-aviso de greve por não terem sido aprovados aumentos
2016-07-15 09:12:40 | Lusa
O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) nos Açores emitiu ontem um pré-aviso de greve, após o chumbo pelo parlamento regional de uma proposta de atualização da remuneração complementar.
De acordo com o pré-aviso, a greve dos trabalhadores das administrações públicas regional e local, irá vigorar entre as 00:00 do dia 28 às 24:00 do dia 29 de julho, e representa uma forma de "protesto pela falta de sensibilidade e de disponibilidade negocial demonstradas pelo Governo Regional e, agora, pela Assembleia Regional".
O pré-aviso de greve do SINTAP deve-se "à falta de sensibilidade social e de vontade do Governo Regional, primeiro, e da Assembleia Legislativa Regional, agora, na sequência do chumbo por parte da atual maioria parlamentar para discutir e aprovar a proposta de atualização da remuneração complementar em 10%", adianta o mesmo documento.
Os dirigentes do SINTAP/Açores lembram que a proposta agora chumbada no parlamento, era também uma reivindicação de quase cinco mil açorianos, que subscreveram uma petição, entregue na Assembleia Legislativa Regional, exigindo o aumento da remuneração.
"O SINTAP torna pública a sua indignação, protesto e vontade firme de continuar a lutar pela reposição do poder de compra das remunerações destes trabalhadores", insiste o comunicado, considerando que o chumbo da maioria socialista "penaliza mais de 9.000 trabalhadores" com "mais baixos rendimentos".
A decisão do SINTAP/Açores surge na sequência do chumbo, por parte da maioria socialista no Parlamento açoriano, de uma proposta do PCP, que pretendia aumentar a remuneração complementar nos Açores em 10%, para vigorar a partir de janeiro de 2017.
O Governo Regional, através do vice-presidente, Sérgio Ávila, entende que deverá caber aos açorianos decidir nas Legislativas regionais de 16 de outubro, "quem terá a competência" para aumentar ou não a remuneração complementar, considerando não fazer sentido aumentá-la agora, a apenas três meses das eleições.