Covid-19: Açores proíbem festejos de Carnaval de 25 de fevereiro a 01 de março
2022-02-11 10:22:01 | LUSA

O secretário da Saúde do Governo dos Açores, Clélio Meneses, anunciou que não vão ser permitidos “quaisquer festejos, celebrações” ou eventos de Carnaval, entre 25 de fevereiro a 01 de março, devido à pandemia de covid-19.

“Foi entendido que não serão permitidos quaisquer festejos, celebrações ou eventos de natureza carnavalesca de 25 de fevereiro a 01 de março”, declarou.

O secretário regional do executivo açoriano (PSD/CDS-PPM/PPM) falava em conferência de imprensa sobre a atualização das medidas de combate à covid-19 na região, realizada em Angra do Heroísmo.

Clélio Meneses justificou a proibição de festejos de Carnaval com a necessidade de “não promover aglomerados, ajuntamentos ou comportamentos” que impeçam o “progressivo alívio” das restrições impostas na região para controlar a pandemia.

O titular da pasta da Saúde defendeu que a “pandemia está a caminhar para o fim”, estimando-se que no “final de fevereiro e início de março” exista uma “diminuição de casos”, levando a um “consequente alívio de medidas”.

“Ora, por causa de um fim de semana, com intensidade de contactos e ajuntamentos que são, naturalmente, proporcionadores de maior contágio, podíamos atrasar e recuar neste processo que todos queremos que evolua da forma mais rápida possível”, afirmou, referindo-se ao Carnaval.

Clélio Meneses considerou ainda que a região está a “viver uma fase diferente da pandemia”, porque a variante Ómicron, que é “esmagadoramente dominante” nos Açores, é “muito mais transmissível”, mas “muito menos severa” do que a variante Delta.

“Não há sequer registo da variante Delta nos casos [...] mais recentes”, assinalou, realçando que a “doença com gravidade afeta, essencialmente, não vacinados e doentes imunodeprimidos”.

O secretário da Saúde destacou que existe 45% da população com a dose de reforço da vacina contra a covid-19 e que 80% das pessoas com mais de 65 anos na região já receberam esse reforço.

Clélio Meneses assinalou que “muitos” dos casos positivos são de pessoas “assintomáticas ou com sintomas ligeiros”, salientando que uma “parte significativa dos internados” com covid-19 não foram hospitalizados devido à gravidade da infeção por SARS CoV-2, mas por outras patologias.

“Se tivéssemos hoje a mesma proporção de internados que tínhamos há um ano teríamos mais de 700 internados e mais de 250 pessoas em cuidados intensivos”, afirmou.

Sobre o número de mortes na região, Clélio Meneses sublinhou que no continente “só são contabilizados os óbitos que têm como causa no certificado de óbito a doença covid-19”, ao contrário do que ainda acontece na região.

Ainda assim, destacou, “nos Açores, felizmente, há menos óbitos de que nível nacional”, embora o aumento de mortes tenha causado “alguma agitação” na região.

“Só para termos uma ideia, os óbitos nos Açores são de 30 para 100 mil até à data de hoje, enquanto a nível nacional são de 201 para 100 mil. Quase sete vezes mais a nível nacional do que nos Açores”, comparou.

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