CDS-PP/Açores defende atribuição de subsídio de natalidade de 1.000 euros
2016-08-03 09:52:43 | Lusa

O CDS-PP/Açores propôs que o Governo Regional atribua um apoio de 1.000 euros por cada nascimento de uma criança, alegando que a medida contribuirá para o aumento da natalidade e para a revitalização da economia.

"Vamos propor 1.000 euros por cada novo filho, que depois [os pais] vão gastar no comércio a adquirir os produtos para esse bebé, que é sempre uma despesa extra que as famílias têm", salientou o líder regional do CDS-PP, Artur Lima, em conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

O líder centrista adiantou que vai apresentar uma proposta para a atribuição de um subsídio de natalidade na Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores na próxima legislatura.

A proposta do CDS-PP prevê a atribuição do mesmo montante por cada bebé que nasça, independentemente da condição socioeconómica da família, o que pelas contas de Artur Lima deverá representar um investimento de cerca de 2,3 milhões de euros por ano.

"O número de nascimentos que acontecem nos Açores é entre 2.000 e 2.300. Portanto, isso dará entre dois milhões e 2,3 milhões de euros, o que é insignificante para alguns gastos que fazem nos Açores. Eu julgo que investir dois milhões de euros no apoio às famílias para terem um novo filho é, de facto, um grande investimento", frisou.

Segundo Artur Lima, é possível enquadrar esta proposta no Orçamento da região, sobretudo tendo em conta que "vai haver um aumento de impostos e houve aumento da receita fiscal".

"Vamos afirmar a autonomia não com a criação de novos cargos, mas com uma autonomia de resultados, usando dinheiro para ajudar as nossas famílias", salientou.

O líder regional centrista considerou que a medida não é "fundamental" no apoio à natalidade, mas pode dar uma ajuda e contribuir, ao mesmo tempo, para dinamizar a economia regional.

"Pode ser um estímulo a aumentar o número de crianças, porque como sabemos um dos grandes problemas dos Açores é a perda de população e a desertificação das ilhas", defendeu.

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