A vice-presidente do PS/Açores, Ana Brum, considerou que o “aumento considerável” previsto do preço do gás e dos combustíveis terá impacto negativo sobre as famílias e empresas açorianas.

Os preços da gasolina, do gasóleo e do gás butano voltam a aumentar em março nos Açores, de acordo com um despacho publicado quarta-feira em Jornal Oficial.

A gasolina sobe 3,1 cêntimos por litro, o gasóleo 2,7 cêntimos por litro e o gás butano 0,3 cêntimos por quilo.

O executivo açoriano justifica o ajustamento no preço máximo de venda ao público com as “recentes variações no mercado internacional das cotações de referência dos produtos petrolíferos e energéticos”.

A dirigente socialista diz que o preço de uma garrafa de gás, “por exemplo, aumentou 35% nos últimos três meses na região”.

“Este é mais um aumento considerável do preço do gás, sobretudo se atendermos que o preço de uma garrafa, em Portugal, registou um aumento de 28%, nos últimos três anos, enquanto nos Açores registou um aumento de 35%, só nos últimos três meses”, sustentou, citada em nota de imprensa.

Para Ana Brum, a resposta do Governo Regional “não pode ser a do aumento dos complementos”, estando o executivo a “dar com uma mão e a tirar com a outra”, ao negociar “um aumento dos combustíveis, nomeadamente no âmbito da garrafa de gás”.

“É certo que os revendedores têm, obviamente, o direito de receber a margem que é justa, eles não têm culpa, quem trabalha tem o direito de ter a justa remuneração e o lucro pelo seu trabalho. O que é extraordinário é que o Governo Regional não é uma empresa e deve dar a margem àqueles que estão a fazer a revenda e não cair em cima das pessoas que têm mais dificuldade”, afirma.

Ana Brum diz que, “em 2024, o Governo Regional arrecadou 62 milhões de euros de ISP, mais 13,4 milhões que em 2023”, sendo este valor “milhões que o executivo ganha todos os anos com os impostos sobre os combustíveis”.

O executivo, segundo a dirigente socialista, “poderia ter absorvido parte deste aumento no seu orçamento, em vez de continuar a prejudicar as famílias e empresas açorianas”.

(Foto:https://www.psacores.pt)