Lara Martinho lembra importância da tourada à corda na economia da Terceira
2018-01-18 10:45:49 | RHA
A deputada açoriana, na Assembleia da República, Lara Martinho continua a defender que as touradas à corda da ilha Terceira possam entrar na candidatura ‘Tauromaquia, Património Cultural de Portugal’, um projeto vencedor do Orçamento Participativo Português, que tem como objetivo integrar a cultura tauromáquica na lista de Património Cultural Imaterial de Portugal, ao abrigo da Convenção da Unesco para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial.
Segundo a deputada a proposta foi inclusivamente bem recebida pelo Ministério da Cultura, lembra a socialista, reforçando que a cultura tauromáquica tem uma presença indiscutível no território português envolvendo nas suas diversas manifestações perto de dois milhões de cidadãos portugueses. “Esta cultura tauromáquica manifesta-se de norte a sul, de leste a oeste, mas também de forma muito particular na ilha Terceira, nos Açores”, frisa, salientando que a ilha Terceira é a região do país com maior número de manifestações taurinas do país, e com especificidades muito próprias, as designadas touradas à corda, além das típicas touradas de praça. “Todos os anos, na ilha Terceira, realizam-se mais de duas centenas de touradas à corda, eventos estes que decorrem apenas de 1 de maio a 15 de outubro”, precisa.
Lara Martinho contesta assim uma petição pública com cerca de três mil assinaturas contra as touradas à corda promovida pelo Movimento pela Abolição da Tauromaquia de Portugal e contra especificamente a sua inscrição no Património Imaterial de Portugal na Unesco. “Esta posição só pode significar um total desconhecimento da realidade da tourada a corda na ilha Terceira, do contributo que tem para a economia da ilha e a tradição que representa para os Terceirenses”, defende.
A
deputada revela que estes eventos “encerram um conjunto de riquezas, desde a
preservação do ecossistema e da genética, da vivência coletiva homem animal e
dos percursos e arraiais, bem como a envolvência de grande parte da população
da ilha”. Lara Martinho afirma ainda que a petição demonstra “desconhecimento
total pelo percurso feito em termos de reforço da segurança e qualidade de vida
dos animais na tourada a corda”.