Processo público de alienação de 49% da Azores Airlines arranca este mês
2018-02-05 15:03:46 | Lusa
O presidente do Governo Regional dos Açores anunciou hoje que o processo público de alienação de 49& da Azores Airlines arrancará este mês e procurará trazer um "parceiro estratégico" que garanta "robustez" à transportadora aérea.
"O Governo Regional [dos Açores] desencadeou o processo de chamar um parceiro estratégico para a companhia, o qual, através de uma participação de 49% da Azores Airlines, possa constituir um fator de maior robustez, maior resiliência e maior competitividade na consolidação e desenvolvimento da operação da empresa. Assim, o processo público de alienação pela SATA Air Açores de 49% do capital social que a mesma detém na Azores Airlines está previsto ser lançado durante este mês de fevereiro", anunciou hoje Vasco Cordeiro.
O governante falava na sessão de baptismo do Airbus 321 Neo, novo avião da Sata que hoje foi apresentado à imprensa e convidados no aeroporto de Ponta Delgada, ilha de São Miguel.
A Azores Airlines, que faz voos de e para fora do arquipélago açoriano, "opera, atualmente, numa realidade bastante diferente da do passado recente", vincou Vasco Cordeiro, lembrando que "há pouco mais de três anos, operavam regularmente nos Açores duas companhias com gestão 100% pública".
"Hoje, este cenário alterou-se profundamente havendo mais companhias a operar nos Açores e apenas uma, a SATA, com gestão pública. Mesmo a nível europeu, em cerca de uma década, grandes companhias aéreas de bandeira foram absorvidas por capitais privados e, mais recentemente, mesmo companhias de baixo-custo, consideradas o modelo de sucesso da aviação civil, estão a enfrentar graves constrangimentos operacionais", vincou ainda o chefe do executivo dos Açores.
A "nova realidade" do mercado obriga a uma "permanente" avaliação da SATA e, em concreto, da Azores Airlines.
"O grande desafio que a Azores Airlines enfrenta não se resume a uma questão de capital. O grande desafio tem a ver, sobretudo e numa primeira fase, com a aliança a um parceiro estratégico que possa trazer consigo, ou que possa congregar à sua volta, o reforço da capacidade operacional, da capacidade técnica, de frota e de recursos, entre outros, que alavanquem a atividade da empresa", disse Vasco Cordeiro.