Empresários pedem adjudicação direta de transporte de carga aérea para a Terceira
2018-06-08 08:51:45 | Lusa
presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo defendeu a adjudicação direta de serviços de transporte de carga aérea para a ilha Terceira para dar resposta à falta de candidatos aos concursos públicos realizados.
“O concurso público levará muito tempo até que fique resolvido, portanto entendemos que deverá ser feita a adjudicação direta para resolver o problema no imediato na ilha Terceira”, salientou Rodrigo Rodrigues, em declarações aos jornalistas.
Segundo Rodrigo Rodrigues, é “urgente” resolver o problema do transporte aéreo de mercadorias na ilha Terceira, apesar de circularem algumas notícias que dão conta do arranque em breve de uma operação para a ilha de São Miguel.
“A ilha Terceira poderá funcionar como entreposto para o restante grupo central”, frisou.
Para o presidente da associação empresarial que representa os empresários das ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa, a adjudicação deverá ser uma solução de curto prazo, até que seja possível fazer a seleção de uma empresa por concurso público.
“O concurso público, a existir, tem de ser ele próprio, nos seus pressupostos, redimensionado às reais necessidades da ilha Terceira ou do grupo central, porque o que acontecia nos outros concursos públicos é que se exigia uma série de condições que não estavam ajustadas à realidade, portanto ficaram vazios”, apontou.
Rodrigo Rodrigues disse que os empresários se sentem “altamente prejudicados” não só pelo sistema de transportes de carga aérea, como marítima.
“Existe um trabalho já em curso por parte dos armadores na renovação das suas frotas para que em 2020 estejam de acordo com a norma europeia, que tem a ver com menos poluição e menos utilização de combustíveis fósseis. Estamos a perder tempo, porque depois dos armadores terem esses investimentos consolidados será muito difícil alterar o modelo”, defendeu.