PSD/Açores acusa Governo Regional de "criar pobres" para dependerem do executivo
2019-01-08 08:58:17 | Lusa
O vice-presidente do PSD/Açores António Ventura acusou o Governo Regional do PS de promover a dependência da população, salientando que 30,5% dos açorianos vive em risco de pobreza.
"Nos Açores, temos um Governo que provoca pobres para depois os pobres dependerem dele, porque enquanto os pobres dependerem do Governo não há desenvolvimento e eles mantêm-se no poder. Esta é a estratégia usada há 22 anos: é criar pobres para depois estarem de mão estendida, para dependerem do Governo", apontou.
António Ventura, que é também deputado à Assembleia da República, falava numa conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, enquanto líder da Comissão Política da Ilha Terceira do PSD.
O dirigente social-democrata defendeu que a Terceira tem potencialidades para contribuir para o desenvolvimento da região, que não estão a ser aproveitadas, como a sua geocentralidade, a base das Lajes, o Porto da Praia da Vitória, a ciência produzida na Universidade dos Açores ou o facto de a cidade de Angra do Heroísmo ser Património Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
"Nós não queremos ser mais do que os outros, mas temos a consciência de que temos aqui várias potencialidades adormecidas que podem contribuir para o desenvolvimento da ilha Terceira, como também para um programa regional, nacional e europeu", frisou.
Segundo António Ventura, o PSD vai recolher contributos junto da sociedade civil em todas as ilhas para preparar os próximos atos eleitorais.
"O que queremos é criar uma estratégia de complementaridade. As ilhas são todas importantes, não podem ficar ilhas para trás, porque todas correspondem à unidade dos Açores", salientou, acusando o Governo Regional de colocar "açorianos contra açorianos" ao fazer investimentos em determinadas ilhas, esquecendo outras.
O vice-presidente do PSD/Açores criticou ainda a cobrança da Taxa Municipal Turística pela Câmara de Lisboa aos açorianos que se deslocam à capital por outros motivos.
"É inaceitável. Nós não podemos permitir que exista taxa e que ela agora passe para o dobro. É lamentável essa situação. Não queremos que isso aconteça. Não aceitamos ser tratados como portugueses de segunda", frisou, acrescentando que o PSD vai tentar "inverter esta situação" na Assembleia da República.