PS/Terceira critica redução de voos entre a ilha e o estrangeiro no verão de 2021
2021-06-01 13:52:45 | Lusa
O PS/Terceira criticou hoje a redução do número de ligações aéreas semanais diretas entre a ilha e o estrangeiro, das 11 previstas no verão de 2020 para quatro no verão de 2021, apontando culpas ao executivo açoriano.
“Em comparação com a previsão para o verão IATA 2020, tendo em conta as rotas já anunciadas e a respetiva frequência semanal, entre junho e outubro de 2021, a ilha Terceira perde sete ligações semanais com o estrangeiro”, afirmou o membro do secretariado do PS/Terceira José Toste, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.
Segundo o dirigente socialista, no verão de 2020 estavam previstas 11 ligações semanais da ilha Terceira para o estrangeiro: três para Boston e uma para Oakland (Estados Unidos), duas para Toronto e uma para Montreal (Canadá), duas para Paris (França), uma para Londres (Reino Unido) e uma para Amesterdão (Holanda).
Estas ligações acabaram por não se realizar devido à pandemia de covid-19, mas para este verão foram anunciadas apenas quatro rotas semanais: uma para Boston, uma para Oakland, uma para Toronto e uma para Amesterdão.
Para José Toste, este previsão demonstra “uma total ausência de estratégia para a retoma do turismo” por parte do executivo açoriano, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, que tomou posse em novembro de 2020.
“Neste momento, ter uma estratégia para a retoma do turismo na ilha Terceira significaria necessariamente, primeiro, recuperar todas as ligações internacionais que foram suspensas pela pandemia, segundo, reforçar o investimento na captação de rotas, diversificando as origens, de modo a conseguir novos fluxos turísticos emergentes, à imagem do que já se verifica noutras ilhas do arquipélago e, por último, fortalecer o investimento numa promoção eficaz do destino Terceira, junto dos mercados internacionais”, apontou.
Para José Toste, a pandemia de covid-19 não pode servir de justificação para a redução do número de voos para a ilha Terceira em 2021, porque o argumento “não é utilizado em todas as ilhas da região”.
“O que se verifica é que em alguns destinos no arquipélago há um aumento de rotas, bem como um aumento da frequência”, frisou.
“Torna-se difícil antever uma retoma do setor do turismo na ilha Terceira, quando se está perante um efetivo retrocesso. Esta redução abrupta e incompreensível dos voos internacionais para a ilha Terceira é ainda mais grave porque é acompanhada de um desvio intencional desses voos para outra ilha, de que são exemplos as ligações a Madrid [Espanha] e a Londres, penalizando ainda mais a economia e o desenvolvimento da Terceira”, acrescentou.
Também a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH), que representa empresários das ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa, já tinha manifestado, em comunicado de imprensa, o seu desagrado "com a escassez de ligações aéreas para a ilha Terceira" e com a forma como a ilha “está a ser promovida no exterior”.