Mais de 3.000 profissionais já passaram pelo Centro de Formação Aeronáutica dos Açores
2016-07-18 10:01:10 | Lusa
O Centro de Formação Aeronáutica dos Açores (CFAA), instalado na ilha de Santa Maria desde 2012, já formou mais de 3.000 profissionais, numa infraestrutura que custa anualmente à SATA 95 mil euros, disse hoje o porta-voz da transportadora aérea.
“Até ao momento já passaram pelo Centro de Formação Aeronáutica dos Açores mais de 3.000 formandos”, afirmou António Portugal à agência Lusa.
Numa resposta escrita enviada à Lusa, António Portugal adiantou que têm decorrido ações “envolvendo formandos de outras companhias aéreas ou empresas diretamente ligadas à aviação”, sendo que o espaço tem, igualmente, sido usado para “formação prática de tripulantes de cabine de empresas”.
O CFAA, inaugurado pelo ex-presidente do Governo Regional Carlos César em setembro de 2012, representou um investimento global de 750 mil euros e criou dois postos de trabalho permanentes (um colaborador administrativo e um responsável pela manutenção técnica dos diversos equipamentos de aprendizagem), numa ilha com cerca de 5.600 habitantes e onde o Governo Regional está hoje a efetuar a última visita estatutária desta legislatura.
António Portugal explicou que as equipas formativas do centro, onde decorrem cursos técnicos de formação inicial e programas de formação recorrentes ou de refrescamento, são constituídas por colaboradores da SATA que acumulam o desempenho das suas funções com esta atividade.
“Pela natureza das formações desenvolvidas, os formadores são tripulantes de cabine, pilotos, técnicos altamente qualificados das áreas de ‘handling’, segurança, saúde e ambiente”, entre outros, referiu o porta-voz da transportadora aérea açoriana, destacando o “salto qualitativo das formações da SATA a partir do momento em que passaram a ser realizadas no CFAA”.
Para António Portugal, “a existência de instalações próprias garantiu à SATA a possibilidade de gerir com maior flexibilidade e eficácia as suas ações de formação, deixando de estar sujeita à disponibilidade de instalações externas, que tinha de alugar a valores expressivos e nem sempre nas datas ou horários mais adequados”.
O centro, inicialmente pensado como local de formação para tripulantes de cabine e pessoal de terra do grupo SATA, acabou por alargar a sua atividade à formação de pilotos de linha aérea.
Para esse efeito, dispõe de equipamentos como simuladores que permitem recriar situações reais a bordo, nomeadamente secções de aviões que possibilitam a formação num ambiente idêntico ao que existe no interior das aeronaves.
O treino para situações de emergência e de incapacidade do piloto ou o combate a incêndios são algumas das áreas previstas de formação, que também abrange primeiros socorros e suporte básico de vida ou serviços em terra, como o ‘check-in’.
O grupo SATA é constituído por cinco empresas, das quais duas são companhias aéreas distintas: SATA Air Açores (que assegura os voos inter-ilhas) e a Azores Airlines (ligações para fora do arquipélago).