Chega recomenda fim do apoio do partido ao Governo dos Açores.
2021-11-17 16:45:04 | LUSA
A Direção Nacional do Chega pediu hoje ao Chega Açores para retirar o apoio ao Governo regional, acabando com o acordo de incidência parlamentar, anunciou o líder do partido, André Ventura, no parlamento.
Em conferência de imprensa, André Ventura justificou a retirada de apoio ao Governo açoriano com a postura manifestada reiteradamente pelo líder do PSD, Rui Rio, de rejeitar acordos pós-eleitorais com o Chega.
O Chega “retirar-se-á, segundo sugestão da Direção Nacional, do Governo regional dos Açores, do seu apoio de quadro parlamentar, que neste momento existe na região autónoma”, disse.
“A direção nacional do Chega e eu, como seu presidente eleito nas últimas eleições diretas, daremos instruções para que cesse o apoio do Chega ao Governo regional dos Açores. As instruções que daremos são de que o Chega deixe de suportar já neste orçamento o Governo regional dos Açores”, afirmou.
Apesar disso, André Ventura salientou que falta ainda que o Chega Açores, por tratar-se de uma estrutura autónoma, dê seguimento à recomendação da Direção Nacional do partido, e anunciou que, na sexta-feira, haverá uma conferência de imprensa em Ponta Delgada na qual o deputado único do partido, José Pacheco, anunciará se retira o apoio ao Governo regional.
“Quero deixar claro para os militantes, para os dirigentes e para todos, que a recomendação do Chega Nacional, da sua direção e do seu presidente, é de que o Governo regional dos Açores não continue a obter o apoio do Chega, nem a nível orçamental, nem a nível das grandes opções do plano regional”, afirmou.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados, sendo que, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do Chega, dois do PPM, dois do BE, uma da Iniciativa Liberal e um do PAN.
Nos Açores, PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação.
A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com a IL.