Dois abalos sentidos pela população de São Jorge nas últimas 24 horas
2022-04-27 11:10:08 | LUSA
Dois sismos foram sentidos pela população da ilha de São Jorge nas últimas 24 horas, revelou hoje o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).
No comunicado diário sobre a crise sismovulcânica na ilha de São Jorge, o CIVISA indicou que, desde 19 de março, já foram sentidos pela população 261 sismos.
Na terça-feira, às 19:58, foi sentido um sismo com intensidade III/IV na escala de Mercalli Modificada na vila das Velas e na freguesia da Urzelina, num evento com epicentro a um quilómetro de Santo Amaro e magnitude de 2,3 na escala de Richter.
Hoje, às 03:26, foi sentido um sismo com intensidade de III escala de Mercalli Modificada, na freguesia da Urzelina, registado a dois quilómetros de Santo Amaro, com magnitude de 1,6 na escala de Richter.
De acordo com o CIVISA, entre a meia-noite e as 10:00 de hoje “foram contabilizados aproximadamente 50 eventos”.
Na terça-feira, “a análise preliminar dos registos sísmicos permitiu contabilizar cerca de 190 eventos”, estando a atividade sísmica “estacionária em relação ao observado no dia anterior”.
O CIVISA indica que "continua acima do normal" a atividade sísmica que tem vindo a registar-se desde 19 de março naquela ilha, desde a Ponta dos Rosais até à zona do Norte Pequeno - Silveira.
Desde o início da crise sísmica, o CIVISA registou mais de 30.500 abalos em São Jorge.
A ilha mantém o nível de alerta vulcânico V4 (ameaça de erupção) de um total de sete, em que V0 significa "estado de repouso" e V6 "erupção em curso".
O sismo de maior magnitude (3,8 na escala de Richter) ocorreu no dia 29 de março, às 21:56.
De acordo com a escala de Richter, os sismos são classificados segundo a sua magnitude como micro (menos de 2,0), muito pequenos (2,0-2,9), pequenos (3,0-3,9), ligeiros (4,0-4,9), moderados (5,0-5,9), forte (6,0-6,9), grandes (7,0-7,9), importantes (8,0-8,9), excecionais (9,0-9,9) e extremos (quando superior a 10).
A escala de Mercalli Modificada mede os "graus de intensidade e respetiva descrição" e, quando há uma intensidade III, considerada fraca, o abalo é "sentido dentro de casa" e "os objetos pendentes baloiçam", sentindo-se uma "vibração semelhante à provocada pela passagem de veículos pesados", descreve-se no 'site' do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).