Os deputados do PS à Assembleia Legislativa dos Açores defenderam um reforço dos apoios às grávidas e aos recém-nascidos do arquipélago, através da inclusão de produtos para promover a amamentação no programa “Nascer Mais”, criado pelo Governo.

“Verificámos que muitos destes produtos não estão incluídos no projeto, como a bomba extratora, o coletor de leite materno e os mamilos de silicone, entre outros produtos”, explicou Isabel Teixeira, deputada socialista, à saída de uma reunião com o Núcleo SOS Alimentação da Ilha do Faial.

Isabel Teixeira lembrou que é importante que todas os recém-nascidos tenham acesso ao aleitamento materno durante os primeiros seis meses de vida.

“O leite materno, como sabemos muito bem, é o alimento mais completo para o recém-nascido, daí a nossa preocupação e a vontade de reunir com este núcleo, de forma a saber quais as dificuldades que os profissionais enfrentam, no contacto com as grávidas e, posteriormente, com as mães, para promover a amamentação,” justificou a deputada do PS.

No seu entender, é importante a inclusão de mais produtos no programa Nascer Mais, “por forma a que todas as mães consigam adquiri-los para o seu bem e para o bem do seu recém-nascido”.

O programa “Nascer Mais”, criado pelo governo de coligação (PSD, CDS-PP e PPM), foi criado no final do ano passado, por sugestão do deputado do Chega nos Açores, e inclui um apoio à natalidade, no valor de 1.500 euros, por cada criança, através da aquisição de produtos farmacêuticos.

De acordo com este programa, o apoio financeiro será atribuído apenas às crianças que tenha residência nos doze concelhos que apresentaram uma quebra populacional acima dos 5% negativos entre 2011 e 2021, designadamente: Nordeste, Povoação, Vila Franca do Campo, Praia da Vitória, Santa Cruz da Graciosa, Calheta, Velas, Lajes do Pico, São Roque do Pico, Lajes das Flores, Santa Cruz das Flores e Vila do Corvo.

Os beneficiários deste Programa poderão utilizar o ‘plafond’ no valor de 1.500 euros, na aquisição de produtos de saúde e bem-estar, como sejam produtos e acessórios de alimentação, chupetas, leites, papas, produtos de higiene e hidratação, cremes ou xaropes; vacinas não incluídas no Plano Nacional de Vacinação; medicamentos não sujeitos a receita médica; e medicamentos sujeitos a receita médica necessários para o bebé.