Bolieiro satisfeito com aprovação do Orçamento dos Açores para 2026
2025-11-27 22:00:00 | Lusa

O presidente do Governo Regional dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) mostrou-se hoje satisfeito com a aprovação do Orçamento da região para 2026, por considerar que foram “salvaguardados os interesses dos açorianos”.

“Estou satisfeito. Foram defendidos os interesses dos açorianos e da Região Autónoma dos Açores com estabilidade política e orçamental para um ano tão decisivo como é o ano [de] 2026. Quero expressar aqui a minha satisfação porque foram, sobretudo, salvaguardados os interesses dos açorianos. É por estes que eu me movo”, disse hoje José Manuel Bolieiro aos jornalistas, após a aprovação dos documentos, no plenário regional, na Horta.

O líder do executivo açoriano demonstrou também apreço para com “aqueles que, com a sua votação, viabilizaram a proposta do Orçamento”.

Na sua opinião, ficou demonstrada, “mais uma vez, a humildade democrática de quem, perante aqueles que quiseram apresentar propostas de alteração e que acrescentavam valor e não faziam perder coerência à proposta orçamental, viram também aprovadas propostas”.

“Aliás, de todos aqueles [partidos] que apresentaram propostas, nós aprovámos propostas de todos estes, aquelas que considerámos que eram desde logo compatíveis com as possibilidades de execução orçamental e aquelas que acrescentavam valor. E, portanto, sim, estou satisfeito”, concluiu.

Orçamento dos Açores para 2026 foi hoje aprovado em votação final global no parlamento regional, com votos a favor do PSD, CDS-PP, PPM, votos contra do BE, IL e PAN e abstenção do PS e Chega.

O documento foi aprovado por maioria, com 22 votos a favor do PSD, dois do CDS-PP e um do PPM, com votos contra do BE (um), IL (um) e PAN (um) e 22 abstenções do PS e cinco do Chega.

Relativamente às abstenções do PS e do Chega, Bolieiro referiu que a qualidade do Plano e do Orçamento “apreciaria que houvesse voto a favor, porque tinha merecimento da proposta”.

“Mas também tenho que reconhecer que esta votação viabilizou [os documentos] e é, portanto, um sentido de responsabilidade”, disse.

Este ano, o Chega absteve-se quando no ano passado votou a favor, mas Bolieiro referiu que encara a decisão com “naturalidade”, justificando que “os partidos políticos procuram encontrar nos combates eleitorais fixação do seu eleitorado”.

“O que eu posso na verdade fazer apelo, e que também deixei aqui, é o sentido de responsabilidade, […] o de dar superioridade ao interesse da região e dos açorianos quanto à estabilidade política, quanto à valorização daqueles recursos que nós temos à nossa disposição, alguns de forma muito excecional, que é o caso, repito, do Plano de Recuperação e Resiliência”, referiu.

Salientou, ainda, que “foi uma opção do Chega, ao contrário do que foi o ano passado, fazer conversações para a estabilidade”.

Questionado sobre a privatização da SATA e a dívida da empresa, um assunto que gerou discussão durante o debate, o presidente do Governo dos Açores respondeu que os açorianos ficariam gratos se tivesse uma varinha mágica e os libertasse a todos "do peso da herança recebida”.

A votação do Orçamento do executivo açoriano para o próximo ano aconteceu hoje no plenário da Assembleia Legislativa, na Horta, ilha do Faial, após três dias de discussão.

Na votação na generalidade, o documento foi também aprovado por maioria, com 22 votos a favor do PSD, dois do CDS-PP e um do PPM, votos contra do BE (um), IL (um) e PAN (um) e 22 abstenções do PS e cinco do Chega.

Os terceiros Planos e Orçamentos da legislatura preveem um investimento público global de 1.191 milhões de euros, incluindo 990,9 milhões de responsabilidade direta do Governo Regional, que apresentou como “grande desiderato” a execução dos fundos comunitários, em particular do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O parlamento dos Açores é composto por 57 deputados, 23 dos quais da bancada do PSD, outros 23 do PS, cinco do Chega, dois do CDS-PP, um do IL, um do PAN, um do BE e um do PPM.

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