Proteção Civil sem registo de danos nos Açores
2017-02-01 13:26:00 | Lusa

O presidente do Serviço Regional de Proteção Civil dos Açores disse hoje que não há registo de danos na sequência do agravamento do estado do tempo na região e garantiu que todos os meios operacionais estão em alerta.

“Até ao momento não se registaram quaisquer danos nem estragos provocados por esta depressão”, afirmou, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Carlos Neves, numa conferência de imprensa pelas 11:00 locais.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou sob aviso vermelho, que corresponde a uma situação meteorológica de risco extremo, as ilhas do grupo ocidental (Flores e Corvo) e central (Faial, Pico, Terceira, São Jorge e Graciosa), devido à previsão de agitação marítima.

Segundo a delegação regional dos Açores do IPMA, “uma depressão frontal, a noroeste do arquipélago, com deslocamento para leste, deverá provocar aumento da intensidade do vento e da agitação marítima, inicialmente no grupo ocidental, estendendo-se depois aos restantes grupos”.

Segundo Carlos Neves, àquela hora “o grupo que está a ser afetado” é o ocidental, sobretudo a ilha do Corvo, onde o IPMA registou às 09:00 locais (mais uma hora em Lisboa) uma rajada de vento de 112 quilómetros/hora.

“A ilha das Flores, embora esteja a ser afetada, já não está a sofrer ventos de tanta intensidade”, referiu o responsável, explicando que as rajadas de vento não ultrapassaram neste caso os 100 km/h.

Carlos Neves adiantou que a Proteção Civil regional tem estado em contacto com os presidentes das câmaras das ilhas do Corvo e das Flores, que transmitiram o funcionamento normal das instituições e a ausência de estragos.

Adiantando que a depressão vai atingir o grupo central a partir das 15:00, primeiro com a intensidade do vento e, ao início da noite, com a agitação marítima, o comandante da Proteção Civil esclareceu ser de esperar que “a depressão nessa altura já não esteja tão forte e que a intensidade do vento e agitação marítima sejam muito mais fracas que no grupo ocidental”.

Ainda assim, neste grupo central, a Graciosa deverá ser a ilha “mais fustigada”, mas “não tanto como as ilhas das Flores e Corvo”.

Já no início da próxima madrugada, a depressão irá afetar o grupo oriental – Santa Maria e São Miguel – que não têm avisos meteorológicos para vento.

O presidente da Proteção Civil dos Açores assinalou, ainda, que “a agitação marítima e os ventos são de norte”, pelo que “serão mais fustigadas as costas norte das ilhas”.

“Os meios operacionais estão todos em alerta. Temos estado a contactar os serviços municipais de Proteção Civil. Os corpos de bombeiros estão todos em alerta, prontos para atuar em caso de necessidade de defesa dos bens e pessoas”, acrescentou.

O aviso vermelho, o mais grave de uma escala de três, para agitação marítima, com ondas que podem chegar aos 18 metros de altura, vigora para o Corvo e Flores até às 17:00 locais, passando depois a aviso laranja e, posteriormente, a amarelo.

Nestas duas ilhas, o IPMA tem também um aviso laranja para vento, igualmente até às 17:00, prevendo-se rajadas até 110 kms/h, passando depois para amarelo.

No grupo central, o aviso vermelho para agitação marítima, com ondas que podem atingir os 16 metros, mantém-se entre as 19:00 e 21:00 locais. Até lá está em vigor um aviso laranja, que vai continuar após o vermelho, sucedendo-lhe um amarelo.

As ilhas do Faial, Pico, Graciosa, Terceira e São Jorge estão também sob aviso amarelo para vento até às 20:00, podendo chegar aos 100 kms/h.

No grupo oriental, o aviso amarelo para agitação marítima começa às 22:00 e prolonga-se até às 08:00 de quinta-feira.

O aviso laranja, o segundo mais grave de uma escala de três, representa uma situação meteorológica de risco moderado a elevado, enquanto o aviso amarelo, que lhe sucede na escala, significa uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.


(Foto de Kathy Rita)

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