Partidos no parlamento dos Açores gastaram quase 1,6 ME nas eleições regionais
2017-03-10 07:47:00 | Lusa
Os seis partidos com representação no parlamento dos Açores gastaram quase 1,6 milhões de euros na campanha para as eleições legislativas regionais de 2016, um valor inferior em cerca de 230 mil euros ao estimado.
De acordo com as contas da campanha eleitoral, disponibilizadas na página da Internet do Tribunal Constitucional pela Entidade das Contas e Financiamentos Políticos, PS, CDS-PP, CDU e PPM gastaram menos do que o valor previsto, enquanto PSD e BE ultrapassaram os respetivos orçamentos.
O PS, que tem a maioria dos deputados na Assembleia Legislativa Regional, 30 de 57, apresentou um total de despesas de quase 730 mil euros, quando tinha um valor estimado no orçamento da campanha eleitoral na ordem de um milhão de euros.
Já o PSD, maior partido na oposição, que elegeu 19 parlamentares a 16 de outubro último, indicou despesas de 494.665,89 euros, cerca de 45 mil euros mais do que o orçamento enviado à Entidade das Contas e Financiamentos Políticos.
O CDS-PP, com quatro deputados, poupou 13 mil euros dos 180 mil orçamentados, enquanto o Bloco de Esquerda duplicou a verba no orçamento previsto, que era de 52.800 euros.
O total das despesas do Bloco, que somou mais um parlamentar ao que tinha na anterior legislatura, atingiu 110.742,09 euros, de acordo com a informação agora disponibilizada.
A Coligação Democrática Unitária (PCP e PEV), que tem um parlamentar na Assembleia Legislativa Regional, apresentou despesas na ordem dos 60 mil euros, abaixo dos 115 mil euros orçamentados, e o PPM, também com um deputado, teve um total de gastos que atingiram praticamente o orçamento, de 33 mil euros.
Dos sete partidos que concorreram às legislativas regionais de outubro e não conseguiram eleger deputados, o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP), que tinha apresentado zero euros no orçamento da campanha, manteve o mesmo valor nas despesas que entregou na Entidade das Contas e Financiamentos Políticos.
O Movimento Alternativa Socialista (MAS) gastou metade do orçamentado, que era de 500 euros, e o Partido da Terra (com orçamento de 4.500 euros) e Partido Democrático Republicano (35.000) ficaram igualmente longe das previsões orçamentais, com valores de despesas de 960,89 euros e quase 5.800 euros, respetivamente.
Já o Livre e o PCTP/MRPP ultrapassaram os orçamentos previstos (o primeiro de 1.100 euros, o segundo de 23.750), atingindo gastos na campanha de 2.666,22 euros e 26.745,53 euros, respetivamente.
O PAN – Pessoas, Animais e Natureza, por seu turno, apresentou um total de despesas igual ao orçamento, de 1.500 euros.