Autoridades alertam para elevado número de águas-vivas e caravelas nos Açores
2017-06-22 16:33:11 | Lusa
A Direção dos Assuntos do Mar dos Açores e a Autoridade Marítima Nacional alertaram hoje para o elevado número de águas-vivas e caravelas-portuguesas em zonas balneares de todo o arquipélago, recomendando aos banhistas um conjunto de cuidados.
Uma nota de imprensa do executivo regional refere que as águas-vivas, também conhecidas por medusas ou alforrecas, e as caravelas-portuguesas são “frequentes no mar e em zonas costeiras dos Açores, incluindo areais, sobretudo durante a primavera e o verão”, possuindo “tentáculos urticantes que, em contacto com a pele, podem, potencialmente, causar irritações e ferimentos mais ou menos graves”.
Segundo aquela direção regional, “é importante evitar, sobretudo, o contacto com as caravelas-portuguesas, organismos coloniais que vivem à superfície do mar, graças ao seu flutuador, azul-arroxeado, cheio de gás”.
“Os tentáculos destes animais, que podem atingir os 30 metros, possuem estruturas venenosas que largam um potente veneno quando entram em contacto com outros organismos, sendo que este veneno causa na vítima uma forte reação cutânea aliada a uma dor intensa”, adianta a mesma nota.
Já a água-viva, em contacto com a pele, “provoca uma sensação de choque, sendo que os sintomas posteriores são dor forte e sensação de queimadura (calor/ardor), irritação, vermelhidão, inchaço e comichão”.
Aos banhistas, esta entidade pede, no caso de contacto com águas-vivas ou caravelas, para que não esfreguem “a zona atingida para não espalhar o veneno”, mas também para não usarem água doce, álcool ou amónia, nem colocar ligaduras, mas antes lavar cuidadosamente a zona afetada com água do mar, retirar os tentáculos da caravela, utilizando, se possível, luvas, uma pinça de plástico e água do mar, além de procurar “assistência médica o mais rapidamente possível”.
“Algumas pessoas são especialmente sensíveis ao veneno das águas-vivas e podem ter reações alérgicas graves, nomeadamente falta de ar, palpitações, cãibras, náuseas, vómitos, febre, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios, devendo, por isso, ser encaminhadas de imediato para o serviço de urgência”, acrescenta a mesma nota.
A Direção dos Assuntos do Mar dos Açores informa ainda que “nas praias vigiadas os nadadores salvadores afixam bandeiras quando existem avistamentos e/ou queixas de picadas por águas-vivas, sendo que quando se registam caravelas-portuguesas o banho de mar é desaconselhado”.