Empresários preocupados com problemas operacionais da transportadora açoriana SATA
2017-08-01 10:00:32 | Lusa
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada manifestou preocupação com os problemas operacionais que se têm registado na transportadora aérea SATA e as consequências para a sua "sustentabilidade financeira".
“A nossa preocupação é que se mantenha a sustentabilidade e a regularidade operacional da empresa para que se mantenha também a sustentabilidade financeira”, declarou à agência Lusa Mário Fortuna.
Segundo Mário Fortuna, a preocupação deve-se ao “registo frequente de atrasos significativos e cancelamentos de voos, particularmente no mercado dos Estados Unidos da América”, que considerou ser “muito importante”, porque “encerra um potencial gigantesco” para o turismo do arquipélago.
“É preciso resolver definitivamente o problema dos utentes. A pior coisa que pode acontecer para quem utiliza uma companhia aérea e começa as suas férias é não conseguir viajar ou fazê-lo com atrasos significativos”, frisou Mário Fortuna, acrescentando que desta forma se “estraga a experiência”.
O responsável defendeu a necessidade de “encontrar, com urgência, medidas” para que o grupo SATA “retome a normalidade”.
Além de outras situações que têm ocorrido neste verão, na sexta-feira cerca de 200 passageiros estiveram retidos em Boston, nos Estados Unidos da América, devido a "uma avaria técnica" num aparelho da Azores Airlines, que assegura as ligações de e para fora do arquipélago, o que impediu nesse dia o voo para Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
Num comunicado, a Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, além da situação da transportadora açoriana, alerta que se está a agravar a “situação de congestionamento” de veículos em pontos turísticos da ilha de São Miguel, como as lagoas do Fogo e das Sete Cidades, a Caldeira Velha e as Furnas.
“Esta câmara tem vindo a alertar, desde há vários anos, para estas situações que carecem de soluções inadiáveis, pois colocam em causa a imagem de quem nos visita”, adianta o comunicado.
A estrutura representativa das empresas da ilha de São Miguel defende que as bacias hidrográficas das lagoas das Furnas e Sete Cidades sejam consideradas parques naturais, apresentando-se, “para cada uma delas, propostas para a sua utilização, obras a realizar, requalificação, estacionamento, circulação de viaturas”, entre outras.
Esta entidade analisou também o ensino profissional dos Açores, considerando que este tem sido “continuamente subvalorizado, principalmente com a concorrência feita pelo ensino regular, o que tem contribuído para a sua degradação”.