Sindicato aguarda resposta sobre evacuações médicas nos Açores, SATA promete resposta em setembro
2017-08-25 10:24:09 | Lusa/RHA
O sindicato da aviação civil SINTAC referiu que a SATA continua a não responder à sua contraproposta sobre o regime de prevenção das denominadas evacuações médicas, mas a empresa promete uma resposta até à primeira semana de setembro.
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) afirmou em comunicado que os trabalhadores “continuam sem receber resposta da empresa ao ofício enviado a 09 de janeiro de 2017 com contraproposta do regime de prevenção”.
A 26 de abril, o SINTAC já havia indicado que as evacuações médicas aéreas (transferência de doentes) “não estão garantidas” em todas as ilhas dos Açores porque a SATA Gestão de Aeródromos não possui um sistema de prevenção.
A direção do SINTAC, liderada por Filipe Rocha, explicou que para se realizar uma evacuação médica aérea de uma ilha onde não existem todos os serviços e valências médicas necessárias “é posta em funcionamento uma equipa multidisciplinar”.
Esta equipa inclui o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, que coordena a operação, a equipa médica do centro de saúde de origem, que acompanha o doente durante a viagem, a do hospital para onde vai ser transportado, os bombeiros que efetuam o transporte terrestre, a tripulação da aeronave que efetua o transporte aéreo e os trabalhadores dos aeroportos de origem e destino que possibilitam a operação do avião.
“O regime de prevenção não está implementado por falta de vontade da SATA”, declarou o sindicato, acrescentando que os trabalhadores analisaram uma proposta da empresa e avançaram com uma contraproposta que, “mesmo ficando muito aquém das suas reivindicações, garante a operacionalidade dos aeródromos em qualquer circunstância”.
O SINTAC avança que face à ausência de uma resposta “passados todos estes meses, pouco resta aos trabalhadores senão recorrer a outras formas de fazer ouvir a sua voz”, sem especificar quais.
O sindicato explicou que desde que a SGA foi criada, em 2005, as evacuações médicas são garantidas “apenas pela boa vontade dos seus trabalhadores em atender o seu telemóvel pessoal e de se deslocarem ao aeroporto a qualquer hora e em qualquer dia”.
“Não há qualquer regime de prevenção instituído, nem qualquer escala de prevenção que obrigue os trabalhadores a manterem-se contatáveis fora das horas de serviço para possibilitar as evacuações médicas”, declarou a direção do SINTAC.
O responsável pela SATA Gestão de Aeródromos, Ricardo Carvalho, afirmou, por seu turno, à agência Lusa que já foi analisado o documento do SINTAC e que a empresa "está a preparar uma contraproposta que gere consenso e vá de encontro às suas expetativas".
A proposta será apresentada até à primeira semana de setembro.