Costa com Vasco Cordeiro nos encontros com a comunidade portuguesa do Canadá
2018-05-02 08:50:42 | Lusa
O presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, está a acompanhar o primeiro-ministro, António Costa, na visita oficial de quatro dias ao Canadá, que decorre entre esta quarta-feira e sábado, com passagens por Otava, Toronto e Montreal.
Vasco Cordeiro estará ao lado do primeiro-ministro nos encontros com a comunidade portuguesa naquelas cidades do Canadá, país que acolhe cerca de 450 mil portugueses e lusodescendentes na sua maioria de origem açoriana.
Logo no primeiro ponto do programa, hoje, ao fim da tarde, em Otava, tal como António Costa e o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, também o presidente do Governo Regional dos Açores fará uma intervenção no Centro Recreativo Português Lusitânia.
De acordo com dados dos serviços consulares portugueses no Canadá, os dois escalões etários com mais peso relativamente aos elementos da comunidade portuguesa são o dos 25 aos 54 anos (37%), bem como o grupo acima dos 65 anos (34%).
A comunidade concentra-se maioritariamente nas províncias do Ontário (74% em Toronto e Otava) e no Quebeque (14% em Montreal, Laval, Longueueil, Brossard, Saint-Therése).
Segundo os mesmos dados consulares, com uma população ativa na ordem dos 68%, "os portugueses usufruem, na generalidade, de estabilidade económica" e possuem "uma integração social classificada como muito positiva".
Estas mesmas ideias sobre a comunidade portuguesa foram recentemente salientadas pelo primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, numa mensagem que publicou em 25 de abril passado na página oficial do Governo canadiano.
Ainda no que respeita a indicadores sobre a comunidade portuguesa, a atividade comercial representa 27% da força laboral, seguindo-se a indústria dos transportes (18%), negócios, finanças e administração (17%), a área de gestão (10%), educação, justiça e serviços comunitários e governamentais (9%), manufatura (6%), atividades técnicas e científicas (5%).
Apesar destes dados, assinala-se também um "envelhecimento" dos membros da comunidade portuguesa "e um afastamento progressivo das gerações mais novas do associativismo tradicional".
"É igualmente notado o decréscimo do número de alunos das escolas portuguesas que funcionam junto das associações da comunidade, que se repercute na diminuição do número de falantes da língua portuguesa entre os luso-descendentes de segunda e terceira geração", indica-se também nos textos provenientes dos serviços consulares portugueses