António Ventura acusa Governo de "muita parra e pouca uva"
2018-10-10 10:46:27 | Rádio Horizonte Açores
O deputado do PSD/Açores na Assembleia da República, António Ventura, acusou o Governo de António Costa de "muita parra e pouca uva" no que diz respeito à posição geoestratégica dos Açores, "com a sua posição e a Base das Lajes a serem referenciadas e destacadas inúmeras vezes mas, na prática, ainda nada se viu", critica o parlamentar.
"Há quatro meses que aguardamos resposta do executivo sobre uma pergunta enviada ao Ministro dos Negócios Estrangeiros relativa aos projetos do Governo para potenciar a articulação política prospetiva da importância geoestratégica e geopolítica dos Açores. Foi em junho, e até agora nem uma resposta", adianta o social democrata.
Com efeito, os deputados açorianos do PSD, Berta Cabral e António Ventura, destacaram na altura que a centralidade Atlântica dos Açores deveria criar oportunidades no domínio de várias temáticas, que em muito podem contribuir para o progresso da Região e de Portugal, nomeadamente na criação de riqueza e de emprego.
E foi visando um trabalho conjunto com os Governos regionais que o PSD apresentou um projeto de resolução, "no âmbito da valorização da posição geoestratégica dos Açores e da Madeira, tendo o mesmo sido aprovado", recordam os parlamentares.
"No fundo, o PSD quis ver consagrada a nossa posição geográfica como meio de afirmação Autonómica, no contexto europeu e internacional. E o governo disse que sim, e nada fez até agora", acrescenta.
Os deputados do PSD na AR pretendiam que o executivo atuasse "de forma institucional, politica e jurídica, para saber das vantagens e dos desafios da posição geoestratégica e geopolítica dos Açores. Mas continuamos à espera que se produza esse conhecimento negociador, capaz de avaliar para onde vamos e como vamos", explica António Ventura.
O deputado do PSD/Açores no parlamento nacional referiu ainda que a valorização pretendida "seria essencial para posicionar a Região e Portugal no âmbito do investimento Europeu e mundial, pois nenhum país ou região progride sem conhecimento", concluiu.