O presidente do Conselho Diretivo dos Açores da Ordem dos Enfermeiros, Luís Furtado, pediu que o Conselho Regional de Saúde, órgão consultivo do Serviço Regional de Saúde, seja "repensado" e veja as suas competências reforçadas.

"É importante que os membros do Conselho deem 'inputs' válidos ao titular da pasta da Saúde na região. É altura, também, de repensar o funcionamento do Conselho Regional de Saúde, dotando-o da capacidade de produção documental ajustada à realidade da Região Autónoma dos Açores”, defendeu Luís Furtado.

O enfermeiro falava aos jornalistas em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, após um encontro com a nova titular da pasta da Saúde do executivo açoriano, Maria Teresa Luciano, que tomou posse há menos de um mês em substituição de Rui Luís.

Um tema abordado no encontro foi o número de enfermeiros nas equipas de Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV), com Luís Furtado a defender ser preciso "reconhecer a penosidade do exercício neste contexto".

"É necessário olhar para o SIV na sua globalidade, perceber onde é que ele faz realmente sentido, onde foi uma experiência com sucesso e com mais-valia para a população e onde é que esta experiência pode não estar potenciada ao máximo", prosseguiu, acrescentando que, por questões remuneratórias, já houve enfermeiros a sair destas equipas.

Posteriormente, a secretária regional da Saúde reuniu-se também com a presidente do Conselho Médico da Ordem dos Médicos nos Açores, Isabel Cássio.

Hoje, a governante anunciou que, "a partir de setembro, todos os utentes da ilha de São Miguel vão ter médico de família", sendo que o Governo dos Açores está a fazer "todos os esforços para garantir que, num curto espaço de tempo, cada cidadão açoriano tem acesso a um médico de família".