O presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, afirmou que o partido apresenta-se às eleições legislativas de outubro “de consciência tranquila”, mas admitiu “novas soluções, inovar em novas medidas, renovar políticas” e “protagonistas”.

“Apresentamo-nos de consciência tranquila perante as açorianas e os açorianos, porque nunca ousamos pensar que temos sempre razão ou, até, que somos os donos da verdade”, afirmou Vasco Cordeiro, que é presidente do Governo Regional desde 2012.

O líder socialista açoriano falava no encerramento do XVI Congresso do PS/Açores, que terminou ontem na Lagoa, ilha de São Miguel, com a presença do líder do PS e também primeiro-ministro António Costa.

Vasco Cordeiro acrescentou que o partido se apresenta de “consciência tranquila, não apenas por aquilo que conseguiu em benefício" da população, mas também porque sempre fez por “reconhecer quando cometemos erros ou quando as soluções que defendemos não resultaram da maneira como nós gostaríamos que tivesses resultado”.

Perante cerca de 260 congressistas, o líder do PS/Açores disse ainda que ao longo de quatro anos de legislatura o PS aceitou, aprovou e colocou em prática "propostas que partiam dos outros partidos".

“Mas, sobretudo nunca nos furtamos, como no caso da reforma do Serviço Regional da Saúde, a dar a cara, a explicar, a esclarecer as açorianas e os açorianos, bem como a corrigir, a incluir, a aceitar as sugestões e as criticas que nos fazem”, referiu Vasco Cordeiro, frisando que essa postura do PS "não" foi "por uma qualquer razão de marketing politico”, mas numa relação com os açorianos “com verdade, com transparência, com honestidade”.

Vasco Cordeiro disse que o PS “está pronto” para, "unidos, fazer o que ainda falta fazer” e “corrigir o que não resultou”, através de “novas soluções, inovar em medidas, renovar políticas, procedimentos e protagonistas" e pediu a "confiança" dos açorianos.

No seu discurso de encerramento do congresso, Vasco Cordeiro elogiou ainda o líder do PS e também primeiro-ministro, António Costa, por “em apenas cerca de quatro meses” já ter dado “sinais claros e efetivos” de que “a resolução dos assuntos importantes para os Açores não é para demorar no tempo, nem é para se perder nas discussões burocráticas".

Ainda assim, o líder do PS/Açores apelou à "compreensão" do primeiro-ministro para a resolução de alguns problemas, que disse que "já cansam e tocam as raias do insulto", como é o caso dos serviços do Estado na região, em especial, o das forças de segurança que, segundo o líder do PS/Açores, "não podem, continuar a ser votados ao estado de carência de recursos humanos”.