A coordenadora da ilha Terceira do BE/Açores, Alexandra Manes, questionou o executivo açoriano se pondera denunciar o contrato de exploração do edifício da Pousada da Juventude, face à sua “degradação”.

Citada em nota de imprensa, Alexandra Manes considera “inadmissível o estado de degradação em que se encontra o edifício da Pousada da Juventude da Terceira, propriedade da região mas gerida por uma empresa privada".

Alexandra Manes, que se reuniu, quarta-feira, com o presidente da Junta de Freguesia de São Mateus, onde se situa a Pousada da Juventude, condena a “atitude do Governo em não querer intervir para resolver o problema” e refere que o grupo parlamentar do Bloco vai questionar o Governo sobre o futuro daquelas instalações.

A dirigente do BE/Açores lamentou que o Governo Regional se “tenha recusado a prestar declarações sobre este assunto” e lembrou que o contrato de cedência de exploração da Pousada da Juventude determina que a empresa privada que está a gerir o edifício tem a obrigação de realizar a manutenção.

“É inadmissível que o edifício da Pousada da Juventude, que é propriedade da região, esteja naquelas condições de degradação”, afirmou.

A coordenadora questiona se, “tendo em conta o incumprimento do contrato por parte do concessionário, o Governo Regional pondera denunciar o contrato para explorar o edifício diretamente ou através da autarquia de Angra do Heroísmo, que já mostrou interesse”.

A dirigente quer saber se a empresa privada está a cumprir os prazos dos pagamentos determinados no contrato pela cedência, não só da Pousada da Juventude da Terceira, mas também das pousadas de Ponta Delgada, Pico e Santa Maria.

O BE quer ter acesso a “toda a documentação que comprove os pagamentos já efetuados, assim como a cópia de toda a troca de correspondência entre o Governo Regional e a empresa sobre este assunto, para verificar se os interesses da região têm sido defendidos.

Alexandra Manes afirma que “a região não pode ter uma infraestrutura daquelas fechada, a degradar-se de ano para ano”, salvaguardando que o abandono da Pousada da Juventude da Terceira “é lesiva para a economia da ilha e para a freguesia de São Mateus”.