Processo de incineração vai avançar na ilha de São Miguel
2016-12-15 07:31:00 | Lusa
A presidente da Assembleia Intermunicipal da Associação de Municípios da Ilha de São Miguel (AMISM) disse que o organismo aprovou, por unanimidade, avançar com a construção de uma incineradora de resíduos.
“Existem evidências, em vários documentos oficiais, de que irá avançar a central hídrica reversível. Todos os elementos integrantes da AMISM, depois de verem esclarecidas todas as dúvidas, colocadas nas últimas três reuniões, decidiram, de forma unânime, avançar com todo o procedimento, que já está na sua reta final”, declarou Elisabete Tavares aos jornalistas, na Ribeira Grande, após uma reunião da assembleia.
O presidente do conselho de administração da AMISM declarou a 22 de novembro que a construção da incineradora de resíduos só avançaria se a elétrica açoriana EDA avançasse com a central hídrica reversível.
Na base da pausa feita no processo de incineração na ilha de São Miguel estiveram divergências entre o socialista Ricardo Rodrigues, que preside ao município de Vila Franca do Campo, e o social-democrata que lidera a Câmara Municipal da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio.
O diferendo surgiu na sequência de uma conferência sobre ambiente, acerca das soluções para tratar os resíduos, e face a uma sugestão da associação ambientalista Quercus.
Elisabete Tavares adiantou que o concurso público que estava a decorrer e foi suspenso “seguirá agora os seus trâmites” normais.
“Saiu uma unanimidade e uma união clara e inequívoca: o processo é para avançar, com a adjudicação à empresa que apresentou o valor mais elevado, com base em dois pareceres técnicos”, declarou.
A responsável frisou que a intenção consta de documentos da Empresa de Eletricidade dos Açores (EDA) e do Plano Operacional dos Açores 2020, como foi corroborado em “inúmeras reuniões, que tiveram lugar desde 2008”, dos órgãos executivos das associações e do Governo Regional.
Ricardo Rodrigues foi mandatado para se reunir com a EDA e o Governo dos Açores, que detém a maioria do seu capital social, para apurar o desenvolvimento do projeto da central hídrica reversível.
Elisabete Tavares declarou que a administração da AMISM manteve reuniões “por diversas vezes” desde o penúltimo encontro da associação.