Sete dos 19 concelhos dos Açores premiados por terem água com qualidade “excelente”
2017-05-31 09:02:46 | Lusa
Sete dos 19 concelhos dos Açores foram premiados, na noite de terça-feira, pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores (ERSARA), por apresentarem água para consumo humano com qualidade "excelente".
Ponta Delgada, Ribeira Grande e Nordeste, na ilha de São Miguel, Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, na ilha Terceira, e ainda São Roque do Pico e Santa Cruz das Flores receberam o "selo de qualidade" relativo à água da rede pública nos respetivos concelhos, que apresentaram uma média acima dos 99%.
"Foi difícil chegar aqui e é difícil manter estes padrões, mas o que os Açores têm demonstrado é que é possível e pelo segundo ano, conseguem manter um valor padrão de 99%, antecipando até uma meta comunitária para 2020", sublinhou Hugo Pacheco, presidente do Conselho de Administração da ERSARA, no final da cerimónia de entrega dos "selos de qualidade", realizada na Horta.
O administrador da empresa reguladora da qualidade da água nas ilhas destacou o papel de todas as entidades gestoras das redes públicas de água na região, que considera ter sido fundamental para aumentar a qualidade da água em todo o arquipélago.
"O crescimento é notável e é um caso de referência no país, [de] como se consegue num espaço curto de tempo melhorar a qualidade da água até ao valor de 99%", realçou Hugo Pacheco, acrescentando que, no futuro, com a elaboração de planos de segurança da água, será possível prever eventuais contaminações microbiológicas na rede pública.
No seu entender, os resultados das mais de 22 mil análises efetuadas à rede pública de água na região revelam que a qualidade da água "é boa em todas as ilhas dos Açores", embora nem todos tenham alcançado um patamar de excelência.
"Eu diria que estamos um pouco diferentes do que se passa no resto do país. Estamos tão bem que 98% já não parece tão bom", referiu o presidente da ERSARA, lembrando que, pelo facto de sete concelhos terem sido premiados, não significa que os restantes não tenham uma "boa" qualidade de água.
Hugo Pacheco defendeu, por outro lado, a necessidade de as autarquias e serviços municipalizados da região procurarem uniformizar as suas estruturas tarifárias, por entender que existem "disparidades" que não têm justificação.
"Nós não procuramos uma harmonização do valor tarifário, porque isso não é possível, porque cada concelho tem um valor diferente, porque os custos de captação da água são diferentes de ilha para ilha", lembrou o presidente da ERSARA, acrescentando que o que é preciso harmonizar é a estrutura tarifária, ou seja, fazer com que "os escalões de faturação da água sejam iguais em todas as ilhas".